ESPÍRITO SANTO, NOSSA SENHORA DA GRAÇA E S. SIMÃO

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Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e S. Simão resulta da agregação ...
…das freguesias do Espírito Santo, freguesia da Nossa Srª. da Graça e Freguesia de S. Simão.
É uma freguesia do concelho de Nisa, com 152,55 km² de área e 3 569 habitantes (2011).
A antiga freguesia do Espírito Santo é conhecida pela...
… Anta da Vila de Nisa, Fonte da Pipa, Ponte medieval sobre a Ribeira de Figueiró, Ponte romana de Albarrol e Ponte romana de Vila Flor.
Nossa Senhora da Graça é reconhecida pelo...
…Castelo de Nisa, Porta de Montalvão, porta da vila e restos da muralha da vila, Ermida de Nossa Senhora dos Prazeres, Pelourinho de Nisa e Igreja da Misericórdia em Nisa.
São Simão...
… está situada na estrada que segue em direcção à freguesia de Montalvão, a nordeste da margem esquerda da ribeira de Nisa, localiza-se Pé da Serra, sede de freguesia de São Simão, a cerca de 8 km de distância da sua sede de concelho. É constituída pelos localidades de Pé da Serra e Vinagra.
Da época da colonização romana, é possível apreciar a existência de uma antiga ponte, fazendo-se indicação de que São Simão, nesse tempo, deveria já apresentar-se como um núcleo populacional de certa importância. Por alvará de 4 de Abril de 1555, segundo José Diniz da Graça Motta e Mora, na sua obra “Memória Histórica da Notável Vila de Niza”, institui-se “uma nova parochia da ermida de S. Simão, próximo da serra d’este nome”. A população de Nisa tinha registado um significativo aumento e havia necessidade de se proceder a uma reorganização em termos administrativos. Deste modo, D. Manuel para além de criar a paróquia de São Simão, procede também à fundação das paróquias de São Matias e do Espírito Santo. Na verdade, a paróquia da matriz, a única freguesia existente, no início do reinado de D. Manuel, tinha deixado de servir, de modo eficaz, toda a população de Nisa, e D. Manuel criando mais três paróquias, procura resolver este problema.
A antiga freguesia de São Simão de Pé da Serra foi vigairaria da Ordem de Cristo no termo de Nisa, à semelhança de outras freguesias do seu concelho. Graças à iniciativa do monarca D. Dinis, que não esquecendo o seu extraordinário papel levado a cabo no âmbito do processo da reconquista, a primitiva Ordem dos Templários, depois da contenda em torno da possibilidade de ter que ser extinta, continuou a existir em Portugal, embora com o nome da Ordem de Cristo e os seus bens não lhe foram confiscados. Foi-lhe, desse modo, permitido dar continuidade ao exercício de formação cultural das suas gentes, cujas terras estavam sob a sua tutela, como é o caso de São Simão. Segundo Pinho Leal, “O rei, pelo tribunal da mesa de consciência e ordens, apresentava o vigário, que tinha 120 alqueires de trigo, 120 de cevada, e 12$000 reis em dinheiro, de rendimento annual.” Em 1768, tinha 111 fogos, aparecendo na comarca de Castelo Branco, em 1839, e na comarca de Nisa, em 1862. Américo Costa no seu Dicionário Corográfico compunha-a dos seguintes lugares: Arneiro, Atalho, Corga, Duque, Feteira, Monte Cimeiro, Monte do Arneiro, Monte Novo, Pardo, Porto do Fojo, Póvoa e Vinagra. A Grande Enciclopédia Portuguesa Brasileira apresenta-a como compreendendo os lugares de: Arneira, Duque, Monte Cimeiro e Monte do Pardo, Pé da Serra e Vinagra. A freguesia de São Simão, na “Memória Histórica da Notável Vila de Nisa”, aparece ainda descrita como possuindo a capela de Santa Ana, fundada por Manuel Lopes, e seu filho, o padre Domingos Lopes, no ano de 1772. Tinha um cemitério contíguo, construído por volta de meados do século XIX. Uma outra capela, de grande devoção e concorrência para os povos da freguesia de São Simão, era a do Arcanjo São Miguel, edificada no cume da serra que lhe dera o nome. Nessa capela era realizado um arraial, no dia 8 de Maio. Ao que parece, a dita capela era antiquíssima e, no ano de 1572, por se achar em tão evidente estado de pobreza, frei Adão Vaz doou-lhe por sua morte uma grande courela de safra na folha da Pedra da Cera, para com o seu rendimento, se fazer a sua conservação e restauro, ficando a administração a cargo do vigário da matriz.
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