MONFORTE

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Monforte é ...
…freguesia do concelho de Monforte, com 214,49 km² de área e 1 384 habitantes.
A presença humana nesta freguesia remonta ...
…ao período neolítico, através da presença de várias antas nos atuais limites administrativos.
Foi conquistada pela primeira vez aos muçulmanos no ano de 1139 por D. Afonso Henriques, voltou para a posse dos muçulmanos pouco tempo depois, tornando-se uma zona muito desabitada e destruída pela guerra.
Quando reconquistada, D. Afonso III no ano de 1257 recuperou-a e concedeu-lhe Carta de Foral com amplos privilégios e regalias aos seus moradores e habitantes como forma de fixar a população.
Em 1281, o Rei D. Dinis doou a posse da vila de Monforte a sua filha D. Isabel como dote de casamento juntamente com as vilas de Óbidos, Porto de Mós, Sintra, etc.
O primeiro registo gráfico conhecido atualmente da fortaleza da vila de Monforte ...
…data dos começos do século XVI, (1520-1530) através do desenho realizado por Duarte d’ Armas, o denominado Livro das Fortalezas, a pedido do Monarca D. Manuel I.
Através deste testemunho iconográfico é possível identificar, provavelmente, o principal responsável pela construção desta fortaleza, através da inscrição que está numa das faces laterais do castelo onde se lê a seguinte designação “Gonçallo d’ Aguiar”.D. Pedro I no ano de 1357 entregou este castelo a um seu vassalo de nome Ayres Affonso.

Em 1358, o mesmo monarca confirmou amplos privilégios ao concelho e homens de Monforte. No período da crise de 1383-1835, a vila de Monforte tomou o partido da fação pró-castela, resistindo ao cerco de D. Nuno Alvares Pereira logo após a Batalha dos Atoleiros, aquando da romagem do condestável em direção ao Assumar. Apesar desta posição anti – nacionalista, D. João e seus filhos D. Duarte e D. Afonso V confirmaram os anteriores privilégios aos habitantes e moradores da vila e termo de Monforte. D. Afonso V no ano de 1445 concedeu a posse da alcaidaria do castelo da vila de Monforte a D. Fernando com todas suas rendas e direitos. Por sua vez, em 1455, a posse da vila passou para as mãos da poderosa Casa Senhorial “Casa de Bragança” através da doação de D. Afonso V ao Conde de Arraiolos. Esta posse foi confirmada a seu filho no ano de 1463 o Conde de Guimarães D. Fernando. Por sua vez, no ano de 1476 D. Afonso V, concedeu a doação da vila de Monforte e seu castelo com todas as suas rendas e jurisdições ao Duque de Guimarães. Em 1483 D. João II retira a posse da vila de Monforte ao Duque de Bragança, fazendo-a regressar à posse da coroa, concedendo simultaneamente amplo privilégios aos seus moradores. Pelo contrário, D. Manuel I faz regressar a posse desta vila às Casas de Bragança através da carta de doação ao Duque de Bragança D. Jaime, no ano de 1501, concedeu-lhe o castelo da vila com rodos os seus direitos e rendas.

O século XVI assistiu à fundação de um importante mosteiro ...
…Mosteiro do Bom Jesus,fundado entre 1515 e 1520 pelo padre Fernão Zebreyro Moutoso que, ao longo da sua existência foi fundamental na constituição da morfologia urbana desta vila, e sua posterior transformação. Foi ainda durante este século cerca de 1524 que, surgiu um novo edifício de beneficência, o Hospital da Santa Casa da Misericórdia da vila de Monforte, localizado no interior das muralhas; junto à igreja Matriz ou de N.ª Senhora Maria da Graça.
Face à importância geoestratégia da fortaleza de Monforte...
…como modo de suster os sucessivos ataques do exército Espanhol cedido desde muito cedo com um forte dispositivo militar na próxima fortaleza de Arronches, foi edificada uma segunda linha de muralhas, construída com terra e barro daquela já não resta nenhum vestígio.
A primeira metade do Século XVII ...
…assiste ao enriquecimento do interior de algumas das igrejas com especial destaque para a igreja de Nª Srª da Conceição, situada na área do Rossio de Monforte, totalmente fora das muralhas e que escapou completamente às guerras da Restauração.

Ao longo do Século XVIII merece destaque o aumento da área ocupada pelo Mosteiro do “Bom Jesus da Vila de Monforte”, a construção e/ou remodelação de igrejas e capelas, e ainda o surgimento de uma classe aristocrata rural o que, edificou alguns dos mais belos edifícios setecentistas que subsistem atualmente em Monforte.
Por sua vez o século XIX picou fortemente associado e condicionado pela extinção das Ordens Religiosas em 1834, da qual resultou o declínio do Mosteiro do “Bom Jesus da Vila de Monforte” e posterior venda em hasta pública do seu património rural e Urbano, incluindo o seu próprio edifício adquirido por um particular, Duarte Borges Coutinho de Medeiros da Câmara. D. Carlos I no ano de 1890 concede ao mesmo nobre o título honorífico de Marquez da “Praia e de Monforte” em 2ª Vida. Em termos político-administrativos o ano de 1895 foi terrífico para o Concelho de Monforte que, como resultado prático da reforma político-administrativa executada por João Franco, foi totalmente extinto como realidade político-administrativa Autónoma, transitando a sua tutela administrativa para o Concelho de Arronches.
Contudo esta extinção durou apenas cerca de Três anos e no ano de 1898 (13 de Janeiro) o Concelho de Monforte foi restaurado, voltando à sua posse a Freguesia de Monforte.

Em 1898, alterou-se o traçado morfológico da zona mais nobre desta localidade ...
…situada no interior da muralha, a antiga Praça Pública de Monforte adquiriu a configuração espacial que possuí atualmente.
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