SANTA MARIA DE MARVÃO

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Santa Maria de Marvão é...
…uma freguesia portuguesa do concelho do Marvão, com 23,40 km² de area, 486 habitantes e uma densidade populacional de 20,8 hab/km²..
Muito se tem escrito sobre a origem de Marvão, no entanto grande parte dos textos existentes não se encontram corretos.
Uma provável origem pode ser...
…a área envolvente da cisterna pequena, pois, tanto pela documentação escrita, como pela lógica de ocupação humana da Serra de S. Mamede, esta parece ter sido a que primeiro foi humanizada.
Parece então claro que o monte sobranceiro ao Sever, nas imediações da Amaia-das-Ruínas, é o que hoje sustenta a Vila de Marvão e que acolheu o nome daquele que aí mandou edificar uma fortaleza nos finais do século IX. Pelo menos nessa data, e tendo apenas por base a documentação escrita poder-se-á dizer que no cerro de Marvão foram levantadas estruturas defensivas.
Contudo, se for tida em conta a estratégia de ocupação humana na Serra de S. Mamede, verifica-se que os cerros mais notáveis envolventes do maciço central e com largo domínio visual sobre os patamares envolventes, entre os quais se inscreve a atual vila de Marvão, possuem todos vestígios de ocupação atribuíveis à Idade do Ferro.
O cerro de Marvão apresentava...
…uma configuração, nestas condições, no local ideal para implantação de alguma estrutura militar. Se nenhuma estrutura de tradição defensiva pré-existente ao tempo de Ibn Maruán estivesse no cerro onde veio a levantar a sua fortaleza, dificilmente se explica que, nas imediações, existissem outras elevações que lhe garantiriam semelhantes defesas naturais e, ao mesmo tempo, a água necessária à sobrevivência em caso de cerco. A resolução do problema de falta de água no inóspito afloramento quartzítico poderá ter sido solucionado pelas gentes de Ibn Maruán com a construção de alguma cisterna que recolhesse e conservasse a água da chuva.
A pequena cisterna situada no interior do principal reduto defensivo de Marvão, junto à atual torre de menagem, poderá ter as suas origens ao século IX, embora apresente claros sinais de trabalhos de reconfiguração na Baixa Idade Média.
Na área Norte da Serra de S. Mamede os estabelecimentos pré-históricos só têm vindo a ser reconhecidos em cotas abaixo dos seiscentos e cinquenta metros, nas imediações de solos leves e bem drenados por cursos de água. As condições naturais do cerro de Marvão não se prefigurariam, assim, de grande interesse estratégico par os que, ainda havia pouco tempo, tinham ensaiado os primeiros passos na sedentarização.
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